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Veracel alcança autossuficiência com fotovoltaica e cogeração

Com cinco usinas fotovoltaicas e a cogeração a partir da queima de resíduos, a fabricante de papel e celulose já tem na venda de energia elétrica para o SIN um segundo negócio

Por Eugenio Melloni

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Fábrica da Veracel em Eunápolis (BA) conta com cinco usinas solares próprias

A busca por fontes renováveis de energia pela Veracel Celulose levou a empresa a apostar na geração fotovoltaica. Desde o final de 2023, a companhia e sua fábrica localizada em Eunápolis, Sul da Bahia, conta com cinco usinas fotovoltaicas espalhadas por áreas em que desenvolve suas atividades. As usinas contam com capacidade de 1,8 GWh por ano e geram, em média, 1,2 MWpico.

O projeto Veracel Solar, como é conhecido o empreendimento, vem permitindo à companhia a autossuficiência na oferta de energia e a venda de excedentes para o sistema interligado, além de evitar a emissão de mais de 230 toneladas de CO2 na atmosfera.

“Essa iniciativa é resultado de um portfólio de projetos avaliados e implementados hoje, mas que nos projetam para o futuro.  Ela está inserida em nosso foco de buscar sempre as melhores alternativas ambientais, já que o uso de energia limpa faz parte dos nossos esforços de máxima preservação dos recursos naturais”, comenta Estanislau Victor Zutautas, consultor técnico da Veracel.

A geração fotovoltaica foi um complemento à aposta da companhia na cogeração, que já gerava a energia utilizada na fábrica da Veracel a partir da queima de resíduos de biomassa. “No total, geramos 700 toneladas por hora de vapor, sendo que 650 toneladas vêm do licor negro”, explica Ari Medeiros, diretor de Operações Industriais. A queima dos resíduos alimenta o processo de cogeração de energia em duas caldeiras.

Estratégia sócio-ambiental

O licor negro, que responde por 90% da geração de energia no sistema de cogeração, é queimado em uma caldeira de recuperação.  Os 10% restantes são produzidos a partir de outras biomassas, principalmente casca, lascas e serragem de madeira resultantes da etapa de picagem.

Esses resíduos são queimados em uma caldeira de força, capacitada a receber ainda bagaço de cana-de-açúcar, caroço de açaí, casca de coco, caroço de cupuaçu e piaçava. Esses resíduos, quando necessários, são adquiridos de produtores rurais locais.

“Essa prática permite utilizar de forma sustentável materiais que seriam descartados em aterros e, ao mesmo tempo, movimenta a economia regional”, diz Medeiros. Segundo ele, a iniciativa contribui para fortalecer a economia local, gerando novas oportunidades de negócio para os produtores do sul da Bahia.

Com essa infraestrutura de geração, a Veracel considera a comercialização de seus excedentes de energia um segundo negócio da empresa. Em 2022, por exemplo, a companhia produziu aproximadamente 903.507,29 MWh/ano de energia, dos quais 619.172,98 MWh/ano foram endereçados para consumo próprio e 295.049,86 MWh/ano foram exportados para a rede.

 

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