Revista Brasil Energia | FPSO Brazil Congress 2024

Para a Ocyan, mercado de FPSOs no Brasil é promissor

Em entrevista à Brasil Energia, o presidente da empresa, Jorge Luiz Mitidieri, aponta também desafios para atuar no país, como a dificuldade de acesso a financiamento e à mão de obra.

Por Fernanda Nunes

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Presidente da empresa de afretamento e operação de FPSOs Ocyan, Jorge Luiz Mitidieri vê no Brasil uma oportunidade de crescimento para a companhia. Em entrevista à Brasil Energia, ele citou a Margem Equatorial e a Bacia de Pelotas como “novas frentes que podem acontecer no futuro”, no país. “Acredito que essa seja uma oportunidade também para a Ocyan”, afirmou.

No Brasil, a empresa afreta dois navios na Bacia de Santos, há cerca de dez anos e possui duas operações no campo de Papa-Terra, da 3R Petroleum. “O posicionamento da Ocyan foi estratégico, decidido há alguns anos. A gente continua interessado e querendo investir nesse mercado. É uma área de negócios que gera muito interesse para crescimento”, afirmou o executivo.

Alguns desafios, no entanto, ainda persistem no país, em sua opinião. Ele elencou a contratação de profissionais entre eles. Na construção de um navio, chegam a ser contratadas 5 mil pessoas. “É preciso encontrar os estaleiros certos, seja na China, Singapura, Coreia ou no Brasil, quando tiver conteúdo local. No Brasil, a mão de obra ainda é um desafio”, disse.

O maior entrave, no entanto, está no acesso a financiamento para projetos de capital intensivo, na casa dos US$ 3 bilhões. Para fazer frente a isso, petrolíferas com muitos projetos a serem contratados, como a Petrobras, têm buscado alternativas.

“As empresas de petróleo estão aportando algum capital e garantia para que seja mais atrativo para o mercado financeiro colocar dinheiro nesse projeto. Essa é uma grande solução”, salientou.

A visão de Mitidieri é de que o setor de petróleo não será extinto nas próximas décadas, ao contrário do que acreditam alguns, e, por isso, a perspectiva é de muitas contratações pela frente. Ele avalia que há projetos sendo contratados para execução em 20 anos. Outros serão projetados para daqui a 15 anos. “Isso significa que esse é um mercado com, ao menos, 40 anos de vida”, afirmou.

Assista a vídeo-entrevista:

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